domingo, 4 de outubro de 2015

Escapamento alta performance

   Tentarei ilustrar alguns poucos conhecimentos que tenho sobre escapamentos para alta performance. Este item, não deixa, de ser também muito importante na preparação de um motor. Estarei expondo dois modelos básicos, utilizados em motores aspirados. Mas sempre gosto de frisar, que não existe uma receita pronta, e que um bom profissional sempre terá uma boa carta na sua manga referente a este item. O ideal seria um projeto elaborado por engenheiro.
    O escapamento faz a condução dos gases que foram queimados de dentro do motor para fora. A quantidade de gases podem ser maiores ou menores dependendo da potência do motor. Quanto maior a potência, maior deve ser o diâmetro dos canos do escapamento, isto é uma lógica. Esta lógica também poderá ser inversamente proporcional, ou seja, quanto menor o diâmetro do cano de escapamento, o motor possuirá mais potência em baixa rotação, mais ficará estrangulado em altas rotações. Ora, se o diâmetro for um tanto quanto avantajado, perderá seu torque em baixa, porém em altas rotações girará mais livre.
    O caminho que os gases do motor percorrem até a saída também deverá ser o mais reto possível, ou seja, com menor quantidades de curvas e obstáculos possíveis, para que os gases saiam com a maior facilidade possível. Isso para altas performances é imprescindível. É por este motivos que carros de corridas, arrancadas e etc, não utilizam abafadores. 
    Agora para cada caso há uma solução adequada. Se a pessoa utiliza o carro no dia a dia, se quer potência em baixa, ou em alta, ou se quer um equilíbrio nas faixas de rotações, e etc. Hoje em dia há bastante recursos para se atingir um objetivo, como por exemplos abafadores que quase não interferem na saídas dos gases e ainda conseguem um ruído um pouco menor. Sistemas automatizados para abertura e fechamento em alguma parte do escapamento, enfim, diversos recursos existem no mercado.
   Agora falando em potência total, há dois tipos de escapamentos bastante interessantes que são muito utilizados em motores preparados. O que muda de fato são as dimensões do escape. Porém o formato e o princípio são os mesmos. Estes escapamentos são mais leves e possuem curvas menos agressivas, para que possa haver um exaustão mais livre. Na verdade estes dois tipos são coletores de escape, porém é o protagonista da história.

Este é o famoso 4 em 1. Perceba que as quatro entradas dos gases são unidas em um único ponto de saída. Este coletor emiti um belo ronco, porém para se obter um bom desempenho, é necessário saber equalizar o tamanho de cano que é ligado ao outro. Os tamanhos, assim como o diâmetro de cada cano são muito importantes, pois poder haver a sucção do ar de um cilindro ocasionado pelo outro, que são os famosos pistões "gêmeos". Nos motores de quatro cilindros, o primeiro e o quarto pistão sobem e descem ao mesmo tempo, e se os canos dos coletores forem muito curtos, poderá um pistão puxar o ar do outro pistão, havendo uma perda de potência. Um pouco difícil de compreender, mas vou tentar escrever algo sobre isso em outrora.

O coletor 4 em 2 em 1 é pouco disseminado, porém não menos interessante, talvez até mais vantajoso. Perceba que apenas dois canos se unem, formando de dois em um único, e ocorre o mesmo com outros dois, e estes dois se unem em uma única saída posteriormente. Desta forma o primeiro e o último cilindro, que são os pistões "gêmeos", não correm o risco de um tomar o ar de dentro da câmara de combustão do outro, pois a distância é mais longa neste caso. As curvas também são mais suaves, e o material mais leve, que coletores originais. Só que há um detalhe, os canos são mais compridos e dimensionados exatamente para se obter maior potência.

      

       
   

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